A história de Nhamundá é rica e fascinante. As origens do município remontam às primitivas povoações dos índios – nas primeiras décadas do século XVI, – tcháwhiyána, hixkariana, sákáka, kamáeyana, chiriwiyána, kumuyána, wari condurizes e, jamundás, cujo tuxauá se chamava Jamundá, que, dada a luta em prol da liberdade de seu povo, devido à exploração e maus-tratos pelos colonizadores, fez um levante conduzindo a tribo waboy para as cabeceiras do alto rio, que em sua homenagem ganhou o seu nome e, por conseguinte, dá nome ao município.
No ano de 1758, a pequena ilha foi elevada à categoria de vila. Em 1911, apareceu na divisão administrativa do Brasil como integrante do município de Parintins (AM) e, em seguida, foi considerado Distrito de Jamundá (extinto em 1933). Somente em dezembro de 1955, a ilha foi desmembrada de Parintins e se transformou no município autônomo de Nhamundá. Porém, a cidade só passou a existir oficialmente no dia 31 de janeiro de 1956, data em que o primeiro prefeito da cidade, o tenente Pedro Macedo de Albuquerque, foi nomeado pelo então governador do Estado do Amazonas, Doutor Plínio Ramos Coelho. Desde então, a Ilha Bela da Amazônia, como também é conhecida, passou a se chamar Nhamundá, e seu aniversário é comemorado sempre no dia 31 de janeiro.
A pequena ilha também carrega em sua gênese o encontro histórico entre os espanhóis e as grandes índias guerreiras, comparadas as Amazonas, narradas na mitologia grega. Para a comunidade indígena, elas são as guerreiras Ycamiabas, mulheres que, segundo a lenda, andavam a cavalo, manipulando arco e flecha, com grandes habilidades. Essas mulheres se recusavam a viver com homens em suas terras, tornando-as símbolos de bravura e força feminina.
De acordo com a descrição de Frei Gaspar de Carvajal, escrivão da expedição de Francisco de Orellana, as lendárias Amazonas eram mulheres altas, musculosas, de pele brancas, cabelos compridos e negros e, como exímias arqueiras, arrancavam seus seios direitos para melhor manipular o arco e flecha.
A história diz ainda que as índias admitiam apenas mulheres em sua tribo, e em seus períodos férteis elas capturavam índios de outras tribos para realizar o ritual de reprodução. Ao engravidarem, informavam aos seus parceiros que, se nascesse um curumim (menino), elas entregavam a criança aos pais. Porém, se nascesse cunhatã (menina) elas ficavam e presenteavam o pai com um talismã verde, conhecido como Muiraquitã.
A história diz ainda que as índias admitiam apenas mulheres em sua tribo, e em seus períodos férteis elas capturavam índios de outras tribos para realizar o ritual de reprodução. Ao engravidarem, informavam aos seus parceiros que, se nascesse um curumim (menino), elas entregavam a criança aos pais. Porém, se nascesse cunhatã (menina) elas ficavam e presenteavam o pai com um talismã verde, conhecido como Muiraquitã.